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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O que são supernovas?

Supernovas são um dos fenômenos mais incríveis do universo. Ocorrem quando estrelas muito grandes terminam com seu combustível e explodem gerando um brilho que pode ofuscar uma galáxia inteira – seu brilho é equivalente à 10 bilhões de sois juntos, em seu ápice. Embora sejam muito intensas, elas geralmente não duram mais do que dois ou três meses e são eventos raros e por isso muito difíceis de se observar.



Aproximadamente 90% da massa de uma supernova é expelida para o espaço. Centenas de anos depois, essa enorme massa de gás forma uma nebulosa esférica ou em anel, que acaba originando novas estrelas. Abaixo uma imagem da conhecida Nebulosa do Caranguejo, que nasceu em uma supernova.

Existem 3 classes de supernovas do tipo I. São elas: Ia, Ib e Ic. Existem também 3 classes do tipo II, cuja classificação é baseada no espectro de luz das supernovas. As supernovas do tipo Ia ocorrem quando uma anã branca explode. Todas as outras acontecem quando estrelas gigantes colapsam. Para uma supernova acontecer, a massa da estrela deve ser superior à de 9 sois.
Todas as estrelas que possuem uma massa de 1 até 9 sois passam pela fase de gigante vermelha antes de morrer. Durante essa fase, a estrela expele suas camadas exteriores e o núcleo remanescente se torna uma anã branca, um denso corpo composto por oxigênio e carbono. Se a massa de uma anã branca for superior à 1,4 sois e estiver em um sistema binário, ela passará a sugar gases da vizinha gigante, até atingir um limite. Quando isso acontece, ela colapsa, seu núcleo ultrapassa alguns bilhões de graus Celsius e inicia um violento processo de fusão de carbono e oxigênio. Em seguida, acontece uma supernova do tipo Ia.


Já estrelas muito massivas (com pelo menos 9 vezes a massa do Sol) não passam pelo estágio de anã branca, mas também podem explodir em supernovas. Quando o combustível da estrela se esgota, a geração de calor cessa, e a pressão para fora produzida pelo núcleo diminui fazendo com que este se contraia sobre a pressão gravitacional da região externa, aquecendo demais o núcleo da estrela moribunda. As camadas externas da estrela acabam formando uma supernova, mas o núcleo continua se contraindo até formar uma estrela de nêutrons, e se a massa da estrela morta for maior que 20 vezes à massa do Sol, a estrela irá acabar formando um buraco negro, que provavelmente iria engolir a supernova criada.



Uma supernova faz com que muitos elementos, inclusive os fundamentais para a vida, se formem. Se esse fenômeno não existisse no universo, muito provavelmente não haveria vida como a conhecemos, pois o número de elementos no espaço se limitaria ao hidrogênio e hélio. Além disso, as supernovas acabam tendo um papel fundamental no nascimento de estrelas, que por sua vez criam sistemas planetários como o nosso. Podemos então concluir que somos restos de um dos fenômenos mais violentos e surpreendentes do universo.

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